NOTA FINAL

Foi um sonho lindo
Mais uma época que termina. Não há épocas iguais. Todas têm os seus altos e baixos, alegrias e tristezas. Esta que acaba de terminar não podia ser diferente. Foi um ano fantástico. Na minha curta carreira como treinador, mas longa como desportista, nunca tinha tido uma época tão positiva, tão fantástica… uma época em que me sentisse tão orgulhoso. É verdade que não atingimos o principal objectivo a que nos propusemos no início da época (a subida de divisão – ficamos a 2 pontos do objectivo), por culpa própria, mas aquilo que aconteceu este ano, especialmente na 2ª volta, foi simplesmente mágico… Sei que durante toda a minha vida, me irei recordar deste ano e de tudo o que aconteceu. Sei que lembrarei sempre, “arrepiado”, a união que existiu entre todos… a 2ª volta praticamente imparável… a força, empenho e honra que todos estes miúdos colocaram em cada jogo em que participaram… as vitorias e as derrotas… o espírito… o grito entoado por todos, com o coração, juntos, como se do hino de Portugal se tratasse minutos antes de uma final do campeonato do mundo (o ultimo grito da época com o pavilhão em silencio a ouvir-nos, foi arrepiante e inesquecível). Em certas alturas da época, fomos quase perfeitos. Merecíamos muito mais, mas a sorte este ano também não quis nada connosco. Estes miúdos mereciam muito mais, mas para mim foram autênticos vencedores. Tudo isto não seria possível se não fossem eles a lutar contra tudo e contra todos. A todos eles, o meu obrigado.
Na minha opinião, cada treinador deve olhar para o seu trabalho, não apenas para as vitorias e derrotas, descidas ou subidas… olho para trás e sinto-me orgulhoso por tudo aquilo que fizemos… Uma das minhas grandes preocupações no inicio da época era se teria capacidade de criar uma EQUIPA. No final, descobri que não consegui… em vez disso, criei uma FAMILIA. Modéstia à parte, penso que deixámos marcado um espírito feito de honra, alma e orgulho, que já não via há muitos anos em equipas do Vila Saloia. Se quisermos, podemos não só ter marcado uma época, mas marcar uma era. Estão plantadas bases para um futuro risonho do nosso humilde mas grandioso (nos nossos corações) clube.